CORA CORALINA Por Fernanda Martucci
Muito poderia se falar de Cora, a doce poetisa que fez do açúcar da profissão de doceira, um ingrediente para adocicar as poesias.
Ana Lins de Guimarães Peixoto, que virou Cora aos 15 anos, se escondia atrás do pseudonimo, afinal moça naquela época não fazia manuscritos.
Para escolher seu novo nome adotou o começo da palavra coração, logo depois veio o Coralina, somou perfeitamente a sonoridade e virou como mágica, Cora Coralina que ficaria eternizada realmente em muitos corações.
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores”.
Cora teria cursado apenas algumas séries do primário, mas nenhum obstáculo foi suficiente para barrar a trajetória dessa grande mulher que superou seus próprios limites.
Segue uns trechos dos versos que mostra a personalidade da poetisa.
Publicou seu primeiro livro quando estava com aproximadamente 75 anos, foi uma mulher surpreendente, que nos encanta até hoje com suas belíssimas frases, nos ajudando a reconhecer a importância de cada ser humano e o valor de uma palavra amiga...
"Quando eu morrer, não morrerei de tudo. Estarei sempre nas páginas deste livro, criação mais viva da minha vida interior em parto solitário."
(Vintém de cobre ‘Meias Confissões de Aninha’ , p.52, 8°ed., 1996)
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